MP investiga denúncias de irregularidades e gestão autoritária na Sttrans, em Patos

Sindicato expõe desorganização, perseguição a servidores e falta de resposta do prefeito, que minimiza o problema.

Por: Gazeta do Sertão
11/04/2025 às 11h02
MP investiga denúncias de irregularidades e gestão autoritária na Sttrans, em Patos

Uma série de denúncias feitas pelo Sindicato dos Agentes de Trânsito de Patos colocou a Superintendência de Trânsito do município (STTRANS) no centro de uma crise administrativa. O Ministério Público instaurou um procedimento para investigar irregularidades que incluem desde manipulação de escalas de trabalho até suspeitas de perseguição a servidores e má-fé na gestão. Enquanto isso, a resposta do prefeito Nabor Wanderley à crise foi recebida com indignação: "Se resolvam, vocês já são de maior."

Segundo relatos dos agentes, as escalas de serviço são alteradas sem critérios claros, gerando desmotivação e um clima de instabilidade. Além disso, há acusações graves de assédio moral e pressão psicológica por parte da gestão, criando um ambiente de trabalho tóxico que impacta diretamente o serviço prestado à população.

Segundo revelações feitas pelo jornalistas Misael Nóbrega, da rádio Espinharas, a resposta do prefeito Nabor Wanderley à categoria foi de total indiferença: 

“Se resolvam, vocês já são de maior”, teria dito o prefeito em reposta.

Em meio às reclamações, a postura do prefeito Nabor Wanderley chamou atenção. Ao se recusar a mediar o conflito, Nabor afirmou que a STTRANS precisa ser "autossustentável", sinalizando uma visão economicista sobre um serviço público essencial. Para sindicalistas, a fala revela um risco: a superintendência pode estar sendo tratada como uma empresa privada, com foco em arrecadação em vez de segurança viária.

A suposta desorganização admistrativa da STTRANS já afeta o dia a dia da cidade. Moradores reclamam da falta de fiscalização efetiva, semáforos quebrados e carros mal estacionados, remoção irregular de veículos e ausência de um comando unificado no trânsito. Agentes afirmam que a gestão atual ignora suas demandas, perpetuando um modelo autoritário que só agrava os problemas.