Em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Patos-PB nesta sexta-feira (21), o secretário municipal de Saúde, Leônidas Dias, explicou que o reabastecimento de insulina — medicamento essencial para o tratamento de diabetes e atualmente em falta na farmácia básica do município — depende de repasses do Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde (MS), e do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES). A discussão foi motivada por denúncias do vereador Josmá Oliveira (MDB), que na semana passada alertou sobre a escassez do medicamento em suas redes sociais.
O secretário rebateu as críticas, afirmando que a responsabilidade pela aquisição da insulina não é do município.
“Patos, como qualquer outra cidade do Brasil, é apenas o agente entregador. Quem compra é o governo federal, que repassa aos estados, e estes distribuem aos municípios”, disse Dias. Ele ainda destacou que a farmácia municipal mantém 95% dos medicamentos da atenção básica disponíveis, minimizando o impacto geral.
Josmá Oliveira, no entanto, defende que a gestão local deve pressionar por soluções.
“Enquanto os pacientes ficam sem o remédio, a justificativa burocrática não resolve. Precisamos de ação”, afirmou o parlamentar, que é da oposição. O secretário sugeriu que as cobranças sejam direcionadas às esferas superiores: “O vereador deveria ir à porta do Governo do Estado ou do Ministério da Saúde fazer essa reivindicação”.
A falta de insulina preocupa usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Patos, que dependem do medicamento para controle da diabetes. Enquanto o impasse persiste, pacientes aguardam uma definição que garanta o acesso ao tratamento sem interrupções. A SES e o MS ainda não se pronunciaram sobre prazos para normalização do estoque.