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Reajuste nos combustíveis será de 7,3%, confirma presidente do Sindipetro-PB

mar Hammad alerta que dependência de importações e ajustes anteriores deixaram regiões vulneráveis; novo aumento de 7,3% pode pressionar ainda mais o consumidor.

Por: Gazeta do Sertão
29/01/2025 às 17h26
Reajuste nos combustíveis será de 7,3%, confirma presidente do Sindipetro-PB

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Gás Natural dos Estados da Paraíba e de Pernambuco (Sindipetro-PB), Omar Hammad, afirmou que o reajuste de 7,3% nos preços dos combustíveis, anunciado pela Petrobras e previsto para entrar em vigor a partir deste sábado (1º), “já chegou faz tempo” às regiões Norte e Nordeste. A declaração foi dada em entrevista nesta quarta-feira (29), em meio a preocupações sobre os impactos do aumento no bolso do consumidor e na economia local.

De acordo com Hammad, enquanto o reajuste da Petrobras é uma novidade para outras partes do país, as regiões Norte e Nordeste já convivem há meses com preços elevados devido à dependência de combustíveis importados, que chegam com valores ajustados pela alta do dólar e pelos custos logísticos. “Aqui, boa parte do produto vem de importações, que já estão com os preços reajustados. As refinarias locais, como a do Rio Grande do Norte, que atendem apenas 14% do mercado brasileiro, também já vinham ajustando seus valores há um bom tempo”, explicou.

O líder sindical destacou que, embora a Petrobras tente segurar os preços internos, os insumos vendidos para outras refinarias já são repassados com valores atualizados, refletindo a cotação do dólar e os custos internacionais. “O reajuste da Petrobras é mais um fator que pressiona o mercado, mas, para nós, ele só confirma uma realidade que já vivemos”, afirmou.

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Hammad também alertou para os possíveis efeitos de um novo aumento nos combustíveis, caso ele ocorra em fevereiro. Segundo ele, o Sindipetro já foi questionado por órgãos de defesa do consumidor após o último reajuste, e um novo ajuste pode impactar atividades cotidianas, como o transporte e o abastecimento de veículos, além de reduzir o consumo de combustíveis. “Isso afeta diretamente o dia a dia das pessoas, que já estão sentindo no bolso os reflexos dos preços altos”, completou.

A situação exposta pelo presidente do Sindipetro-PB reforça as desigualdades regionais no acesso a combustíveis no Brasil. Enquanto o Sul e o Sudeste contam com uma rede mais robusta de refinarias e benefícios tributários, o Norte e o Nordeste dependem fortemente de importações, o que torna essas regiões mais vulneráveis às variações do mercado internacional e à desvalorização do real.

Com o novo reajuste da Petrobras, a tendência é que o preço dos combustíveis continue subindo em todo o país, mas, para o Norte e o Nordeste, o impacto pode ser ainda mais severo, agravando desafios econômicos e sociais já existentes. A população local aguarda medidas que possam mitigar os efeitos desses aumentos, enquanto o debate sobre a política de preços da Petrobras e seus reflexos regionais ganha força.