A Organização Meteorológica Mundial (OMM) atualizou as previsões para o início do fenômeno climático La Niña, e os novos dados indicam que as chances de sua ocorrência ainda em 2024 diminuíram para 55%. No entanto, as probabilidades de que o fenômeno se inicie até fevereiro de 2025 são de 60%.
O La Niña, conhecido por causar um resfriamento das águas superficiais do oceano Pacífico Tropical, afeta o clima global, interferindo no regime de chuvas e, em muitos casos, reduzindo as temperaturas globais. Para o semiárido nordestino, como o Vale do Piancó, Patos e Cajazeiras, o fenômeno costuma trazer benefícios, favorecendo um período chuvoso mais intenso, geralmente entre janeiro e maio. Nessas regiões, os anos influenciados pelo La Niña tendem a ter um inverno com chuvas normais ou acima da média, o que pode aliviar as frequentes secas enfrentadas pela população local.
Contudo, além do La Niña, as condições do Oceano Atlântico também precisam ser monitoradas, pois elas desempenham um papel fundamental na determinação do volume de chuvas na região. Atualmente, o cenário é de neutralidade climática, ou seja, nem o La Niña nem o El Niño estão ativos. Ainda assim, se as previsões se confirmarem e o La Niña se estabelecer até o início de 2025, o semiárido paraibano poderá experimentar uma temporada de chuvas benéfica.